Um dos grandes dilemas atuais, é conseguirmos gerar receitas, capazes de nos proporcionar liquidez, para honrar nossos compromissos na data do vencimento. Pois caso isso não aconteça, acabamos sendo obrigados a atravessar uma fronteira, e entrarmos num processo chamado ciranda financeira. A Ciranda Financeira, consiste numa estratégia de altas taxas de juros de alguns bancos e empresas, ocorre que essas instituições usam seus fundos monetários de reserva para obtenção de títulos públicos do Banco Central. Isso gera a retirada do excesso de recursos da economia, esses títulos são de curto prazo.

Depois da criação do Plano Real, criado no governo Itamar Franco, em 1994, para solucionar uma das maiores crises inflacionárias do mundo, tendo seu ápice no Brasil. Na época, as máquinas de remarcação de preços chegavam a remarcar os preços dos produtos, em média 3 vezes ao dia, onde a inflação chegou a mais de três mil por cento ao ano no Brasil. Inicialmente o plano chegou a surtir efeito, e a inflação chegou a níveis aceitáveis.

No entanto, a grande expectativa da redução da dívida pública e o aumento da produção, não aconteceu! Pois, mesmo com inflação baixa, o governo se mostrou incapaz de implantar políticas para reduzir o déficit público. E como a âncora cambial exigia juros altos (para atrair capitais externos), a ciranda ressurgiu com grande apetite. A emissão de títulos públicos passou a servir para financiar o déficit público e para oferecer um abrigo ao capital especulativo externo, tornando o país cada vez mais refém dos fundos de investimentos, que nada produzem, aumentando cada vez mais a dependência, aumentando cada vez mais a desigualdade e reduzindo drasticamente a capacidade produtiva do país. E o resultado desta incapacidade de governança, sem eira nem beira, todos nós estamos pagando até hoje.

Este cenário gera um processo irracional e desumano, e quem paga a conta, é a população mais desassistida do país, com a falta de empregos, a falta de políticas de qualificação profissional, a falta de distribuição de renda e geração de receitas, a falta de recursos públicos, para atender a infraestrutura necessária de crescimento, em meios de transporte, estradas, escolas, saúde, saneamento básico e moradia. Pois se não ocorrer uma redução dos juros, haverá um crescimento da dívida pública muito mais rápido que a capacidade de o governo governar e arrecadar impostos, cortar gastos ou privatizar para pagar aos que "investem" na ciranda.

Está muito claro que o sistema, não pretende mudar este cenário. E que a mudança só poderá ocorrer, se houver envolvimento, participação, acompanhamento e cobrança da população. Cabe ressaltar que a população não pode delargar esta responsabilidade aos governantes, e que cada um tem que fazer a sua parte. Vote com consciência, acompanhe seu representante, faça que sua voz seja ouvida. E o mais importante:

Não se preocupe em obter LUCRO (qualquer vantagem, benefício, sendo material, intelectual ou moral) que se pode tirar de alguma coisa, ou de alguém.

Se preocupe em gerar RIQUEZA. Pois a riqueza, provém da expansão da informação, transformando-a em conhecimento, gerando um amplo processo de inclusão e diversidade, sem preconceitos, contemplando a equidade, a criatividade, a inovação, o que certamente gerará lucro a todos!  Essa expansão aprimora as qualidades humanas de seus beneficiários ao mesmo tempo em que os enriquece.

O aprendizado contínuo e crescentemente, entre pessoas, geram recompensas por seus resultados, pois o aprendizado transmite sabedoria e grande sinergia de troca.

Então, qual o seu melhor investimento?

PESSOAS, PESSOAS, PESSOAS!

Pessoas se relacionam com pessoas! Pessoas acreditam em pessoas! Pessoas compram de pessoas!

Pensem nisso, e até a próxima!

 

SOBRE O AUTOR:

José Renato Alverca

É Business Division Manager da Gi Group.

É Membro Fundador do IBPDICC – Instituto Brasileiro de Pesquisa Desenvolvimento e Inovação em Crédito e Cobrança, Pesquisador, Especialista em Crédito, Cobrança, Meios de Pagamento, Adquirência, Outsourcing, Gestão de Pessoas e RH e TI.

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