Competitividade saudável existe?

Essa é uma pergunta bastante polêmica e que gera grandes discussões.

Muitos dizem que a competitividade pode ser saudável e que nesse modelo proporciona grandes ganhos para as pessoas e para as empresas. Alegam que a competitividade aumenta a produtividade, melhora performance, proporciona melhores resultados, entre outros fatores. Todavia, argumentam que deve ter cuidado para que não se tornem algo prejudicial.

Na minha opinião, a única competitividade “saudável” e benéfica é contra nós mesmos. Temos que buscar nossa melhor versão sempre, almejando sermos melhores do que éramos ontem.

Em minha experiencia profissional como líder de equipes, percebi que essa abordagem possui os mesmos benefícios que a “competitividade saudável”, porém possui uma grande vantagem que é a facilidade em criar um sentimento de equipe, onde um ajuda o outro a se desenvolver, pois todos querem ser melhores e fazer com que a unidade, ou a empresa, alcance os objetivos.

Mesmo em relação às empresas rivais, sempre passo que devemos respeitar a empresa e principalmente os funcionários, pois os produtos e a empresa podem ser concorrentes, mas as pessoas não.

Um fato interessante é que pratico diferentes artes marciais há mais de 20 anos. Dentre as muitas lições aprendidas, como respeito, honra, dedicação e perseverança, a que mais me chamou a atenção foi a questão do trabalho em equipe e competitividade. Claro que todos desejam melhorar e se desenvolver, visando ser o melhor lutador. Todavia, se um lutador se destacar muito dos outros da equipe, com quem ele irá treinar? Adianta somente um ganhar e os outros lutadores sempre perderem? Com esse pensamento, sempre notei que nas artes marciais existe uma forte colaboração onde todos tentam ensinar e aprender com todos, visando a evolução contínua de todos os lutadores da equipe.

A competitividade existe, mas contra outras equipes e principalmente contra nós mesmos. O objetivo passa a sermos melhores do que éramos no passado. Consequentemente, começamos a ajudar os outros lutadores a também alcançarem suas melhores versões.

Essa é uma lição que levo para a vida pessoal e profissional. Quando lidero uma equipe, busco trazer esse conhecimento e fazer com que um ajude o outro a se desenvolver. Quero que sejam competitivos, mas contra eles mesmos. 

Espero que tenham gostado e que contribua em seu dia a dia.

Forte abraço e pau na máquina!

 

Nicholas Dannias