Juntamente com o grau do câncer, o relatório da patologia geralmente contém outras informações, tais como: O número de amostras de biópsia que contêm câncer (por exemplo, 7 de 12 fragmentos) A percentagem de câncer em cada um dos fragmentos Se o câncer é unilateral ou bilateral Outros resultados possíveis da biópsia Às vezes, as células da próstata são identificadas com um padrão de organização diferente do considerado normal. Entretanto, tais alterações não são severas o bastante para serem consideradas como um câncer. Nessas situações, exames mais elaborados assim como um acompanhamento mais rigoroso e, em alguns casos, a repetição da biópsia estão indicados. Neoplasia intra-epitelial da próstata (NIP): Esta alteração representa mudanças na forma como as células da próstata se organizam, entretanto, não reúnem todas as características de um câncer. NIP é muitas vezes dividida em 2 grupos: NIP de baixo grau: os padrões das células da próstata parecem quase normais NIP de alto grau: os padrões das células parecem com alterações mais grosseiras. Muitos homens começam a desenvolver NIP de baixo grau em uma idade precoce, mas não necessariamente desenvolvem o câncer de próstata. A importância do NIP de baixo grau em relação ao câncer de próstata ainda é incerto. Se NIP de baixo grau é relatado em uma biópsia da próstata, o acompanhamento segue igual ao daqueles que receberam o resultado de tecido normal benigno. Se NIP de alto grau é encontrado, há cerca de 20% de chance de que o câncer já pode estar presente em algum outro lugar na próstata. E é por isso que os médicos acompanham de perto os casos com NIP de alto grau, eventualmente até repetindo a biópsia. Os estudos na literatura médica são controversos nesse tópico e, muitos deles, recomendam o acompanhamento de homens com NIP de alto grau semelhante aos que tem uma biópsia normal. Pequena proliferação de ácinos atípicos (ASAP): Às vezes é chamado apenas de atipia. As células se parecem com o câncer quando analisadas em um microscópio, contudo exibem características mistas entre o tecido normal e a doença, dificultando a conclusão do diagnóstico. Quando esta condição é detectada, significa que existe uma grande chance de existir algum foco do câncer em alguma outra área da próstata, que não foi identificada pela biópsia. Muitas vezes, uma nova biópsia pode ser recomendada. Contudo, existe uma alternativa à repetição de uma nova biópsia em todos os casos de ASAP. Uma técnica chamada imuno-histoquímica utiliza corantes especiais aplicados no tecido coletado pela biópsia (anticorpos com corantes de alta afinidade) para identificar o câncer e diferenciá-lo do tecido normal. Atrofia inflamatória proliferativa (PIA): Nesta condição, as células da próstata parecem menores do que o normal, e há sinais de inflamação na área. PIA não é câncer, mas os pesquisadores acreditam que PIA pode às vezes se transformar em NIP de alto grau ou mesmo em câncer de próstata. Dr. Bruno Benigno CRM 126265 www.consulteumurologista.com Fone: 11-3258-5666