A ressonância magnética utiliza uma tecnologia de geração de imagens através de um campo magnético de alta intensidade ao redor do seu corpo. O exame costuma durar de 1 a 1,5h e não é necessário internação hospitalar para este procedimento, que é completamente indolor. Ressonância pode ser solicitada em três momentos específicos: O primeiro deles é quando ainda não temos o diagnóstico do câncer de próstata mas existe uma forte suspeita de sua presença. Neste cenário, a ressonância magnética pode ser utilizada para criar um mapa tridimensional de sua próstata e orientar os médicos sobre o lugar ideal para a coleta de fragmentos no momento da biópsia. Esse método é conhecido como fusão de imagem da ressonância com o ultrassom em tempo real. Estudos recentes na literatura indicam que a utilização de fusão de imagens propicia uma maior acurácia na detecção de câncer de próstata com maior perfil de agressividade, diminuindo as chances de exames falso-negativos. Em algumas situações você pode chegar ao seu urologista já com o diagnóstico firmado de câncer de próstata. Neste caso, o exame pode ser solicitado para avaliar se houve algum rompimento da cápsula da glândula, assim como se houve disseminação da doença para outros órgãos ao redor ou a distância. Uma terceira possibilidade ainda pouco utilizada pelos oncologistas e urologistas do mundo inteiro, é a utilização da ressonância magnética para o acompanhamento de pacientes com câncer de próstata de baixa agressividade, que optaram pelo acompanhamento da doença sem o tratamento imediato. Este cenário é conhecido como o protocolo de vigilância ativa e ganhou grande espaço no arsenal terapêutico nos últimos anos. Algumas pessoas podem não tolerar a realização da ressonância magnética. Isso porque o equipamento tem a forma de um tubo fechado para criação de um campo magnético de alta intensidade. Nestes casos é possível que o exame seja feito utilizando sedativos, visando seu maior conforto. Diferentemente da tomografia de abdome, a ressonância magnética não utiliza raios-x e pode ser repetida quantas vezes forem necessárias, sem risco de à sua saúde relacionados à radiação. A intensidade do campo magnético gerado pelo equipamento interfere diretamente na boa qualidade das imagens. Aparelhos de 3 Tesla conseguem gerar imagens de excelente qualidade sem a necessidade de um amplificador de sinal. Quando um gerador de 3 Tesla não está disponível, pode ser necessário a introdução através do reto de um pequeno balão, conhecido como bobina endorretal. Essa medida proporciona um aumento no sinal e do campo magnético próximo à próstata e favorece a geração de imagens com maior qualidade e nitidez. É importante que você se informe com seu médico e o radiologista responsável pelo seu exame para que saiba exatamente qual a técnica será utilizada no seu caso e se será necessário a utilização de um balão no reto. Dr. Bruno Benigno CRM 126265 www.consulteumurologista.com Fone: 11-3258-5666