Estima-se que aproximadamente 1.300.000 homens são diagnosticados com a doença todos os anos no mundo inteiro. Em países industrializados a maioria dos casos são detectados em fases iniciais. Ainda assim, cerca de 5 a 15% de todos os casos de câncer de próstata são diagnosticados em estágios avançados ou com metástases. No Brasil, observamos uma maior proporção de casos diagnosticados em estágios avançados.
Em algumas regiões do país com piores índices de assistência à saúde, pode atingir até 40% dos casos diagnosticados já com doença avançada ou metastática. A dificuldade no acesso ao sistema de saúde ou mesmo questões culturais podem explicar boa parte dos casos descobertos já em estágios avançados. Isso impacta diretamente e eleva os índices de mortalidade relacionados ao câncer de próstata em nosso país.
O desenvolvimento de novas estratégias de tratamento é uma área de grande interesse da ciência nos últimos anos. Na última década houve uma expansão do conhecimento e melhor entendimento de vias moleculares alternativas, que acionam mecanismos de resistência do câncer de próstata à quimioterapia e aos bloqueadores hormonais de última geração. Os avanços não se restringem somente ao campo de tratamentos com medicações.
Melhoramentos das técnicas diagnósticas trazem maior poder de detecção precoce de formas avançadas da doença, como a ressonância magnética de alta resolução, cintilografia óssea e moléculas com alta afinidade à membrana das células do câncer, favorecem a geração de imagens de alta resolução para um diagnóstico mais preciso.
Quando todos esses avanços são somados, temos um panorama animador para o diagnóstico, tratamento e controle do câncer de próstata. Em um futuro próximo, aumentará o conhecimento da comunidade científica sobre qual a forma ideal de utilização, associação ou sequenciamento dessas e de outras novas opções de tratamento que surgirão.