O crescimento das organizações, num mundo cada vez mais interdependente e globalizado, faz com que as nações, os governos, as empresas e as pessoas, sejam a cada dia mais dependentes uma das outras. E o constante aumento dessa complexidade estrutural e pessoal, associados à aceleração do ritmo das mudanças sócio, econômicas e ambientais, têm exigido das organizações uma maior capacidade de formular e implementar estratégias que possibilitem superar os crescentes desafios de mercado e atingir os seus objetivos tanto de curto, como de médio e longo prazos. A velocidade da ocorrência das mudanças no ambiente de mercado pode estar associada a vários fatores, com destaque para o desenvolvimento tecnológico, o treinamento e a capacitação profissional, um amplo processo de inclusão e valorização da diversidade, a integração de mercados, o deslocamento da concorrência para o âmbito internacional, a redefinição do papel das organizações, além das mudanças no perfil demográfico e nos hábitos dos consumidores.

Tais mudanças têm exigido uma redefinição das estratégias adotadas pelas organizações e uma capacidade contínua de inovação, criatividade, flexibilidade, adaptação, e resiliência, com viés totalmente voltado a pessoas. A formulação e a implementação de estratégias, principalmente da estratégia corporativa, impõem vários desafios à organização, como: escolher entre reduzir de maneira defensiva, manter ou aumentar o seu escopo corporativo, escolha essa que envolve um grande esforço por parte da organização como um todo. Pois a seleção do melhor método leva em conta o tempo gasto para implementação, e o custo e controle do processo escolhido. Pois somente aquilo que pode ser aferido e medido, poderá nos fornecer dados reais se as métricas aplicadas surtiram efeito ou não.

A estratégia corporativa apresentou grande desenvolvimento, principalmente a partir da década de 1980, quando o fenômeno da reestruturação empresarial – conjunto amplo de decisões e de ações, com dimensão organizacional, financeira e de portfólio ganhou impulso com o desenvolvimento tecnológico dos meios de comunicação e dos transportes, passando a predominar uma dinâmica de interação e integração em nível mundial. Vocês sabiam, que um dos primeiros usos do conceito de estratégia, foi usado há aproximadamente 3.000 anos pelo estrategista chinês Sun Tzuo, que afirmava que “todos os homens podem ver as táticas pelas quais eu conquisto, mas o que ninguém consegue ver é a estratégia a partir da qual grandes vitórias são obtidas”. 

O vocábulo teve sua origem na Grécia Antiga, significando, inicialmente, “arte do geral”, adquirindo, posteriormente, uma conotação voltada para a guerra, denotando general, arte e a ciência de conduzir um exército por um caminho.  O termo estratégia assumiu o sentido de habilidade de gestão na época de Péricles (450 a.C.), quando passou a significar habilidades gerenciais (administrativas, liderança, oratória, poder e persuasão). Mais tarde, no tempo de Alexandre (330 a.C.), adquiria o significado de habilidades empregadas para vencer um oponente e criar um sistema unificado de governança global. Estratégia significava inicialmente a ação de comandar ou conduzir exércitos em tempo de guerra – um esforço de guerra. Mais tarde estendido a outros campos do relacionamento humano, seja ele: político, econômico e ao contexto empresarial, mantendo em todos os seus usos a raiz semântica, qual seja, a de estabelecer caminhos. Origina-se assim como um meio de “um vencer o outro”, como uma virtude de um general de conduzir seu exército à vitória, utilizando-se para isso de estratagemas e instrumentos que assegurassem a superioridade sobre o inimigo.

É importante que as organizações e seus gestores, entendam que não existe um conceito e metodologia única e definitiva sobre estratégia. O termo teve vários significados, diferentes em sua amplitude e complexidade, no decorrer do desenvolvimento da Administração Estratégica. Por sua abrangência, o conceito de estratégia apresenta um paradoxo, pois exige a integração de uma série de teorias enfoques, o que impede o completo definitivo registro de seus conceitos e abordagens. Pois depende do contexto no qual ela é empregada, a estratégia pode ter a amplitude e o significado de políticas, objetivos, táticas, metas, programas, entre outros.

O conceito de estratégia vem sendo utilizado de maneira errônea e indiscriminada nas áreas da gestão e administração, podendo significar desde um curso de ação formulado de maneira precisa, todo o posicionamento em seu ambiente, até toda a alma, a personalidade e a razão existencial de uma organização. A estratégia não deve ser confundida com suas táticas, não é só inovação, só diversificação ou planejamento financeiro, mais sim como, sendo um “conjunto de mudanças competitivas e abordagens que os gestores e as equipes executam para atingir o melhor desempenho da empresa”. É o planejamento do jogo de gestão para reforçar a posição da organização no mercado, promover a satisfação dos clientes e atingir os objetivos de desempenho de todos que fazem parte e estão inseridos na cadeia produtiva.

Toda a ESTRATÉGIA, começa com PLANEJAMENTO. Pois somente aquilo que pode ser aferido, medido e auditado, é que vai nos fornecer respostas reais de como alcançarmos o SUCESSO!

Pensem nisso e até a próxima! 

Sobre o Autor:
José Renato Alverca

É Business Division Manager da Gi Group.

É Membro Fundador do IBPDICC – Instituto Brasileiro de Pesquisa Desenvolvimento e Inovação em Crédito e Cobrança, Pesquisador, Especialista em Crédito, Cobrança, Meios de Pagamento, Adquirência, Outsourcing, Gestão de Pessoas e RH e TI.

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