A simpatia é coração que sorrio no rosto  (William Blake)

Quem nunca viu aquele homem, engravatado, com uma pasta preto, bem arrumado, entrando em um consultório de um médico? Creio que todo mundo um dia já se deparou com uma pessoa com esse perfil. Trata-se de um propagandista de remédios. Isto mesmo, pois sua função não é realizar uma venda direta, mas sim uma venda técnica para o médico, que, depois de um estudo do prospecto que é deixado para ele, entender que o medicamento realmente será eficiente para o tratamento de uma determinada doença, este irá presquever o tratamento incluindo a medicação e assim, a venda técnica é concluída.

Embora não conheçamos a fundo essa profissão, ela é fundamental para o tratamento das mais diversas enfermidades e, requer, por parte conhecimento e estudo. Parece fácil a vida desses profissionais, mas não é. Ficam aguardando um tempinho, entre uma consulta e outra, para não incomodar os pacientes, e tem minutos para efetuar uma apresentação de um novo medicamento para um médico, que detém muito conhecimento sobre as doenças. Por isso, o propagandista deve estar muito bem preparado. Tem que ser alguém, cujas informações farmacológicas sobre o produto estejam na ponta da língua, junto com uma capacidade de comunicação e persuasão afinadíssima. Pois, vendas assim, são como pactos de confiança entre o propagandista, que representa um grande laboratório, e o médico, que representa uma classe extremamente unida e exigente.

Os propagandistas, devem possuir conhecimentos especiais em Anatomia, Patologia, Farmacologia, Fisiologia entre outras áreas fundamentais para que seu discurso, esteja alinhado com conhecimentos básicos sobre áreas que os médicos possuem conhecimentos mais aprofundados. Em minha carreira como docente, já fui professor de marketing de relacionamento de vários profissionais que atuam nessa área, pois, não precisa ser farmacêutico para exercer essa profissão, mas sim, ser uma pessoa empenhada a aprender sobre medicamentos, não só aquilo que contém sem sua bula, mas sobretudo, as tendências e tratamentos novos da industria farmacêutica, mas sobretudo, possuir uma capacidade de comunicação impar que permita em poucos minutos, em visitas rápidas, realizar relacionamentos duradouros com seus parceiros, neste caso os médicos. Há também o propagandista que realiza vendas diretamente no varejo, isto é, nas farmácias e até vendas coorporativas, em hospitais privados e do governo. São áreas distintas com estratégias distintas de vendas. Mas, em todo caso, é preciso conhecimentos de comunicação e marketing.

Daí a intenção de escrever esse artigo, voltado para essa classe de profissionais, nesse espaço específico de liderança e motivação, pois, entendo que uma das competências essenciais para um bom profissional do ramo de medicamentos, é ser um grande analista de mercado. Com certeza deve conhecer a tecnologia que vende ( comprimidos, cápsulas etc), que são oriundas de estudos profundos realizados por farmacêuticos, químicos, nos maiores laboratórios do Brasil e do mundo, mas sobretudo, o propagandista deve possuir conhecimentos de marketing, entender o mercado em irá atuar, por exemplo, quais doenças são mais comuns em determinadas regiões do país, a sazonalidade dessas regiões, para ofertar o medicamento certo no momento certo, caso contrário não haverá retorno esse esforço de marketing. Mais do que isso, entendo que o propagandista deve desenvolver um relacionamento que permita diálogo com o médico para receber os feedbacks ( resultados do tratamento com o medicamento) para repassar para a indústria para que haja ai maior aproveitamento dessas informações, isto é, relatos de possíveis efeitos colaterais, para que a industria possa aprimorar a medicação e propiciar um produto de melhor qualidade para a população. Exemplo excelente de gestão do conhecimento, e neste caso o profissional propagandista funciona como uma ponte entre o médico, farmacêuticos e o conhecimento novo.

Por tanto, não se pode negar a importância desses profissionais, que, lutam de sol a sol, buscando bater suas metas, seus objetivos, mas sobretudo, como agentes que buscam atender o bem estar da população, através de seus conhecimento, educação e conhecimento que salvam vidas.

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