Esse artigo surgiu em minha mente, pós-conflito com uma pessoa que me é rara e, cuja saída construtiva que adotamos, nos exigiu praticarmos nossa capacidade de superação com relação ao nosso passado para então, seguirmos em frente. Compartilho com você leitor e dedico a esta pessoa especial, com quem desenvolvo relação desafiadora, por vezes árdua, mas de crescimento mutuo e, em quem confio e amo fraternalmente. O que é nossa vida senão um constante aprendizado advindo dos erros que cometemos em várias áreas e papéis que desempenhamos, por mais que alguns ainda resistam e neguem tal fato. Você deve conhecer algumas pessoas que afirmam veementemente que não erram. Certo? Desde o processo de socialização dos Baby Boomers e pessoas da Geração X, nos ensinaram e criamos alguns conceitos deturpados culturalmente, sobre o ato de errar, que se transformaram em crenças que afirmamos em nossos recorrentes diálogos internos, tais como: todo erro é passível e merecedor de punição; quem erra é culpado; quem erra é irresponsável; você não é pago para errar; quem erra é fraco, etc. Ao longo de minha vida profissional, constato que a única pessoa que não comete erros é aquela que não pensa, não fala, não age ou produz e que também não vive e não existe! Ela é a mesma que se esquece, por exemplo, do quanto errou desde sua tenra infância quando iniciou seu aprendizado de andar até o automatismo de tal função. Não há como aprender algo sem tentar, ensaiar, errar por vezes, para então adquirir e consolidar o aprendizado em questão. Fundamental e mais relevante do que flagrar-se errando e culpar-se por isso, é perceber e avaliar o quanto de resistência você impõe em suas atitudes que lhe causam sofrimento, principalmente, quando insiste em lutar contra algo que não tem condição de inferir para mudar, ao invés de nesse caso, aceitar a impotência e seguir em frente resignado e sofrendo menos. Saiba que você pode usar sua inteligência em benefício próprio, ela está à sua disposição. Algumas visões positivas sobre o ato de errar podem ser: é uma característica humana inegável, é uma grata oportunidade de aprendizado, um ato de humildade e reflexão construtiva, sobre suas tentativas e a persistência de suas ações até que obtenha o resultado desejado. Cometer erros, apenas te legitima como humano e te oferece à condição de aprender com ele para não mais repeti-lo. Pense se essas visões não são estratégicas, fantásticas e libertadoras! Quando falo em superação, me refiro principalmente a atitude libertária para superarmos tudo aquilo que ainda mantemos vivido, em forma de crenças e ações que, mesmo inconscientemente, sabotam nossas possibilidades de autodesenvolvimento e de vivermos mais felizes e plenos. Já se deu conta que, se você fosse capaz de apagar todos os seus erros cometidos em seu passado, você apagaria também a sabedoria adquirida e utilizada em seu presente? Uma forma eficaz para elaborar e lidar melhor com seu passado consiste em: aceitar que seu passado já foi vivido e que não há nada que possa fazer hoje para alterá-lo; aprender e crescer com ele; aceitar suas decisões, valores, crenças, posicionamentos e ações como as melhores possíveis e disponíveis a você naquele momento e perdoar a si e a todos os envolvidos nas cenas vivenciadas, especialmente aquelas que ainda lhe causam sofrimento emocional, por ainda não ter resolvido internamente. O perdão nesse caso não é o dogmático, mas sim o lógico racional, no sentido de aceitar o que foi vivido e deixar fluir para neutralizar as emoções disfuncionais advindas desse passado e seguir em frente livre de seus “fantasmas”. Acredite, somos mais e melhores do que aquilo que fomos! Tornar essa máxima factível em sua vida depende apenas de sua escolha quanto ao rumo que tomará. Você sabe por que o retrovisor de seu carro é menor do que o para-brisa? Porque o caminho que vem pela frente, é maior e mais importante do que aquele que você deixou para trás. No entanto, ainda me deparo frequentemente com pacientes e coachees (cliente de Coaching) que, acreditam dirigir suas vidas olhando e seguindo em frente, mas de fato, em algum momento do processo, percebem que não tiram os olhos do retrovisor e de seu foco no passado, (ruminando conflitos, angústias, mágoas e medos antigos), atitude essa que o impedirá de viver novos cenários e não mudará os resultados obtidos. O que importa e nos define é a forma como nos levantamos após cada queda e não quantos tombos sofremos. Interessado em superar seu passado e viver uma vida livre de sabotadores, entre em contato! MUDE SUA ATITUDE! “Insanidade é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes”. – Albert Einstein. Marcio Caldellas – Psicólogo clínico, Personal, Career & Executive Coach certificado pela Sociedade Brasileira de Coaching e BCI – Behavioral Coaching Institute – USA. Sólida carreira desenvolvida em Executive Search como Headhunter atuando com posições executivas. – www.mccoaching.net