Sob a espada...
Dâmocles era um cortesão bastante bajulador na corte do tirano Dionísio, de Siracusa. Ele dizia que, como um grande homem de poder e autoridade, Dionísio era verdadeiramente afortunado. Dionísio ofereceu-se para trocar de lugar com ele por um dia, para que ele também pudesse sentir o gosto de toda esta sorte, sendo servido em ouro e prata, atendido por garotas de extraordinária beleza, e servido com as melhores comidas. No meio de todo o luxo, Dionísio ordenou que uma espada fosse pendurada sobre o pescoço de Dâmocles, presa apenas por um fio de rabo de cavalo. Ao ver a espada afiada suspensa diretamente sobre sua cabeça, perdeu o interesse pela excelente comida e pelas belas garotas e abdicou de seu posto, dizendo que não queria mais ser tão afortunado.
A espada de Dâmocles é uma alusão freqüentemente usada para remeter a este conto, representando a insegurança daqueles com grande poder (devido à possibilidade deste poder lhes ser tomado de repente) ou, mais genericamente, a qualquer sentimento de danação iminente.
Reter funcionários esta sendo a principal preocupação de recursos humanos em 2016, mas na outra ponta, o gestor continua sendo um dos principais motivos de demissão voluntária. Com menos dinheiro para investir, há maiores dificuldades na hora de recrutar e as promoções internas, que ajudariam a solucionar os problemas de retenção, aparecem como secundárias ou até pela inexistencia de um programa de oportunidades de avanço profissional bem definido.
Por mais incrível que possa parecer, há um número significativo de funcionários que pedem demissão para “trocar de chefe”. Há um bom salario, oportunidades de crescimento profissional, um bom pacote de benefícios, mas, no entanto, um gestor equivocado que leva o profissional a pedir demissão. São os erroneamente chamados de líderes que não sabem, e não se preparam, para aquela que é sua principal função: cuidar das pessoas, focar no aspecto humano nas relações de trabalho. Com frequencia escutamos dizer que os empregados são o maior patrimônio de uma empresa, mas é igualmente verdade que podem ser seus maiores problemas. Tratá-los com respeito é a melhor maneira de se combater inimigos internos como fraudadores, vandalos e etc...
Estes “gestores” frequentemente destroem o sentimento de significado no trabalho: incoerencia entre teoria e prática; abandono de projetos com troca frequente de estratégias. Falta coordenação, áreas falam linguas diferentes e o ambiente de trabalho termina se tornando “o lugar que eu vou porque preciso pagar as minhas contas”. O feed-back não pode, e não deve, ser apenas dado de cima para baixo! Há que se humanizar o ambiente de trabalho.
“ O trabalho, não só em quantidade, deve ir apenas até onde você é capaz de amar, ter construção, assimilação afetiva; do contrário, voce adoece”