RECOLOCAÇÃO NO MERCADO DEPOIS DOS 45 ANOS.
Pesquisando na internet a procura de novas notícias, fatos e opiniões sobre a recolocação de profissionais no mercado de trabalho, e as oportunidades para profissionais acima dos 40-45 anos encontrei algumas novidades.
As empresas e o mercado estão sempre afirmando que não conseguem reter seus talentos, mas não encontram razões que justifique esse fato. Mas a verdade é que não conseguem reter por causa da remuneração oferecida, que está aquém do que eles esperam ou por que eles não têm a paciência de aguardar de 3 a 5 anos para promoções a cargos de gestão e liderança, que os profissionais mais “antigos” tinham até conquistarem esses cargos. Os jovens profissionais, atualmente tem pressa em conquistas, não gostam de esperar. Se a empresa não proporcionar promoções rápidas, eles irão procurar outras que proporcionem e, contratar profissionais acima dos 40 anos, nem pensar.
Isso não significa que após os 40-45 anos esses profissionais não servem mais para atuar em cargos ou empresas, porém esses cargos são mais difíceis e escassos, além de serem mais disputados e, na atual conjuntura econômica não existem muitas empresas dispostas a contribuírem com a recolocação dos profissionais que se encontram nessa faixa etária. É muito difícil.
Se este profissional desejar retornar ao mercado, é necessário traçar uma estratégia bem elaborada.
A primeira etapa é estar aberto para ouvir novas propostas que fujam aos padrões convencionais. Feito isso acione sua rede de relacionamentos, cultivada durante os anos de trabalho. Quando for elaborar seu currículo deverá dar destaque às realizações profissionais conquistadas durante esses anos e não os objetivos pretendidos para o futuro. Sua história de carreira e realizações já esta traçada diferentemente de jovens que estão no início de carreira.
O profissional que se encontra nessa faixa etária, ao ser demitido, não duvida da sua capacidade, mas tem dificuldades em controlar o seu lado emocional. Normalmente esses profissionais devem procurar uma recolocação em empresas menores. É mais fácil de agregar valores por conta das experiências conquistadas durante a sua carreira, quando estas empresas estão carentes de Know How, e querem e precisam agregar competências.
Agora não dá para negar que o tempo que se leva para alcançar este objetivo é mais longo se compararmos com os jovens talentos. Atualmente não tem sido diferente para esses jovens em virtude da situação econômica do país (e o Governo não faz nada para mudar esse quadro.). Não estão existindo vagas disponíveis, e as que estão, está havendo um grande leilão salarial. Está se procurando contratar profissionais com ampla formação e qualidade, pelo menor salário possível. Por esse motivo também a recolocação para esses jovens está ultrapassando os oito meses em média. Para os profissionais entre os 40 a 45 anos então nem dá para se fazer um cálculo aproximado. Torna-se mais fácil partir para investir em um negócio próprio.
O que o profissional dessa faixa etária tem que demonstrar é disposição para enfrentar extensas jornadas de trabalho, o que não se deve fazer é mostrar-se dono de ideias antigas e ultrapassadas. Para se tentar ter sucesso, quando aparecer à possibilidade de se recolocar, é necessário mostrar-se atualizado. Porém, nem todas as oportunidades seguem a cartilha convencional.
A maioria das empresas prefere oferecer aos profissionais dessa faixa etária, cargos que não criem vínculos empregatícios.
Por que isso ocorre?
Julga-se que em virtude desse profissional possuir maior experiência, o seu salário seja mais alto do que os mais jovens, e para ser competitivo esses profissionais tem a necessidade de se adequar ao mercado, sabendo que seu ganho será menor. Outra saída é atrelar uma parte da sua remuneração ao desempenho e aos resultados conquistados. Deve-se pensar também na possibilidade de trabalho como PJ.
Acima dos 40, 45 anos esses profissionais devem:
- Manterem-se aberto as oportunidades com encargos trabalhistas reduzidos, como prestação de serviço, consultoria, contratos de trabalho temporários, Clt Flex entre outros;
- Destacar no seu currículo as realizações conquistadas ao longo da sua trajetória e não os seus objetivos futuros;
- Manterem-se permanentemente atualizados técnica e intelectualmente. Se possível façam cursos de atualização na área que está pleiteando;
- Cuidar da forma física, mantendo a disposição para enfrentar extensas jornadas e grandes pressões;
- Utilizarem sua rede de relacionamentos, que provavelmente foi construída e cultivada ao longo dos anos de trabalho e carreira, isso poderá ajudar e muito;
- Não descartar oportunidades em empresas iniciantes, pequenas e médias, para essas empresas a experiência acumulada durante esses anos poderá ser um grande diferencial na hora do recrutamento;
-Atrelar uma boa parte da remuneração aos resultados que você se comprometerá a alcançá-los.
Vejam, todas estas dicas podem ser aproveitadas e encontradas muito facilmente na internet, mas é necessário também que tanto as empresas, quanto os profissionais e consultorias de RH, estejam dispostos a avaliar e a entrevistar esses profissionais, já que na maioria das vezes no fator corte não é experiência e sim faixa etária que conta.
Existe aí uma incoerência muito grande, já que na maioria das vezes as empresas têm como ideia fixa de que, profissionais acima de 40 ou 45 anos com uma longa experiência e conhecimento profissional procuram salários mais elevados, o que não é tão verídico assim, e olham para eles como despesa (gasto), e não levam em conta que isso é um investimento, pois aliado a experiência também se economiza na hora do treinamento, e evitasse o retrabalho, uma vez que os jovens atuais não estão dispostos a criarem “raízes” na empresa.
Pensem nisso!