O mundo corporativo é, em sua maioria, uma das faces mais cruéis da sociedade Trajes sociais, maquiagem, eventos corporativos, sapatos caros e relógios de marca – essas são algumas das máscaras que escondem os maldosos comentários que explodem dos lábios macios de funcionários que se dividem entre a ganância pelo poder e status e aqueles que sofrem a opressão do ambiente tóxico que se cria em grandes corporações. É claro que há exceções. Muitas empresas – especialmente as de pequeno porte – conseguem cultivar uma atmosfera respirável e, às vezes, até divertida dentro dos escritórios climatizados pelo ar-condicionado. Mas, infelizmente, quanto maior o ‘case de sucesso‘, maior é a probabilidade de toparmos pessoas competitivas, egocêntricas e narcisistas que, no dia a dia, destroem a capacidade dos mais sensíveis de discernir, adoecendo psicológica e fisicamente quem – como eu – não tem estômago para esses jogos. O mundo corporativo, enfim, faz a maioria das pessoas acreditar que é fraca, enquanto assedia moral, física e psicologicamente os seus ‘colaboradores’. Que, neste ano, possamos colaborar com mais paz nesse ambiente, e não só com os nossos próprios interesses ou os da corporação.