A CONTRADIÇÃO ENTRE O DISCURSO E PRÁTICA EMPRESARIAL

Existe uma crescente contradição entre os modelos apresentados como ideais nos sistemas organizacionais, principalmente no que se refere à qualificação profissional e à relação de trabalho. Esses modelos são repetidos em comunicações e treinamentos internos, frequentemente como uma nova “solução”, contrapondo-se às práticas de gestão de pessoas e provocando percepções contraditórias no ambiente organizacional. Muitos se sentem cobrados de acordo com os novos padrões propostos: participação, iniciativa e inovação, quando, na realidade, não recebem orientação, treinamento e acompanhamento necessário, ou mesmo condições para desenvolverem novas competências e se mostrarem à altura dessas novas exigências de performance no mercado. Vários estudos mostram, ainda, que essa distância entre o que é exigido e as reais condições de trabalho aumentam o medo e o estresse nas organizações, prejudicando a produtividade.

A fim de atribuir sentido e compreender os sistemas contraditórios e ambíguos nos quais estamos inseridos no mundo corporativo, os indivíduos tendem a polarizar suas percepções em torno de elementos opostos. Consequentemente, começam a agir em função dessa percepção polarizada, construindo, assim, os paradoxos. Um paradoxo é a existência simultânea em uma organização de dois estados aparentemente inconsistentes, duas realidades opostas e aparentemente irreconciliáveis, como “autonomia e conformidade”, “novo e velho”, ”aprendizagem e mecanização do trabalho”, “liberdade e vigilância”. A partir deles, frequentemente os atores sociais desenvolvem reações defensivas dado o nível crescente de estresse no sistema organizacional, causando desta forma a falência de todo o sistema.

A fórmula para as organizações alcançarem o Resultado = Inclusão + Orientação + Follow-up + Feedback.

Simples assim! Pensem nisso e até a próxima!