A estratégia corporativa justifica-se em situações naturais e inevitáveis, características da diversificação empresarial, as quais, se ignoradas, podem levar ao fracasso toda a estratégia de uma organização. Essas situações têm como premissas o seguinte: a competição ocorre no nível das unidades de negócios; a diversificação, inevitavelmente, acarreta custos e limitações para os negócios; e os acionistas são capazes de diversificar seus investimentos a qualquer momento. Essa estratégia é o nível mais elevado da estratégia empresarial e abrange questões de vulto, como a determinação da forma de competição e diversificação das unidades de negócios, englobando assim os outros dois níveis da estratégia. Podemos definir a estratégia corporativa como sendo o “nível mais elevado da estratégia que trata de questões mais amplas, como, que negócios atuar e como explorar as sinergias entre as unidades de negócio”.

A diversificação no contexto da estratégia corporativa representa a presença empresarial em mais de um setor, com o intuito de reduzir as incertezas e dificuldades enfrentadas por empresas que atuam em um único setor. Quando se dá em negócios não relacionados (conglomerado), é motivada pelo desejo de capitalização das oportunidades de lucro em qualquer setor. Já a diversificação em negócios relacionados implica a atuação em negócios com semelhanças ou complementaridades entre si, em importantes dimensões estratégicas, resultando geralmente em ganhos sinérgicos e em riscos e incertezas menores. A estratégia corporativa, dependendo das condições da empresa (porte, setor, estrutura, etc.), pode ser considerada como a mais importante no âmbito empresarial, em razão da abrangência das decisões estratégicas que a compõem, entre as quais determinar o rumo e os objetivos da organização, com impactos em todas as suas unidades de negócios e áreas funcionais. Apesar de sua importância, não existem evidências disponíveis que comprovem de forma satisfatória o êxito ou o fracasso das estratégias corporativas, uma vez que a maioria dos estudos que abordam essa questão o faz por meio da análise e avaliação das fusões e aquisições no mercado acionário. 

 

Sobre o Autor:

José Renato Alverca

É Membro Fundador do IBPDICC – Instituto Brasileiro de Pesquisa Desenvolvimento Inovação em Crédito e Cobrança, Especialista em Crédito, Cobrança, Meios de Pagamento, Adquirência, RH e TI.

www.ibpdicc.com.br

www.linkedin.com/in/jalverca

 

www.bebee.com/bee/jose-renato-alverca