Um grande debate surgiu em sala, na noite ontem sobre famigerada “Zona de Conforto”. A questão abordada foi, o desemprego na atualidade somente pela crise financeira ou há outros fatores, como por exemplo, a falta de iniciativa do empregado de reciclar? Questão interessante. Valeria uma grande pesquisa, pois, sabemos que embora o desemprego esteja em alta devido inúmeros fatores econômicos e políticos que assolam o país, há em meio a tantas pessoas demitidas, aquelas que foram dispensadas por falta de capacitação ou competência para continuar nos cargos assumidos. Muitos caem na denominada “zona de conforto”, ou seja, não se reciclam, não atualizam conhecimentos, não buscam novas oportunidades dentro e fora de empresa, isto é, ficam estagnadas e quando as empresas precisam enxugar folhas de pagamentos, essas encabeçam as listas de cortes.

Isso também não é novidade, ou ao menos não deveria ser para nenhum profissional no Século XXI, pois, o turnover ou a rotatividade de pessoal é conhecida por indivíduos que ocupam cargos estratégicos nas empresas, mas, que devido a própria competitividade das empresas e a necessidade de novos desafios mudam de cargos ou de organizações buscando ou salários mais altos, ou qualidade de vida, ou realização pessoal, ou uma posição que proporcione tudo isso. Difícil tarefa, como conversamos ontem, mas não impossível. Basta ter foco e não parar de estudar e analisar o mercado. E, ao contrário que muitas pessoas pensam, para as empresas também é vantajoso, pois a criatividade estratégica de um profissional também é cíclica e a demissão é muito cara, logo, essa vontade de mudança partindo do profissional, permite negociar melhor a saída e a possibilidade de entrada de sangue novo, com novas ideias e motivações necessárias para o crescimento. Lógico, que isso não é uma regra, há profissionais que se mantem no cargo por 10, 15 anos em alto nível, e gerenciando áreas importantes das organizações, porém, isto é cada vez mais raro, pois, como dizíamos ontem, os processos, a cultura, a sociedade vive um momento de tantas transformações que a única certeza que temos é a implacável urgência de mudanças, isto é, é praticamente impossível construir uma carreira profissional sem um estudo continuo e holístico, isto é, em várias áreas de conhecimento.

O profissional do futuro, é um indivíduo que detém conhecimento e cultura em diversos assuntos dispares, ou seja, deve dominar a informática, a língua portuguesa, a língua inglesa, a área que atua, como por exemplo, recursos humanos e desenvolver capacidades de comunicação impares que permitam liderar equipes cada vez mais complexas e inteligentes. As tecnologias, a décadas vêm reduzindo a quantidade de pessoas envolvidas nos processos produtivos duros (de transformação) e realocando as pessoas para outros setores onde a criatividade e o pensamento crítico são mais valorizados. Nesse sentido, as equipes serão formadas por pessoas de alto nível intelectual, exigindo dos líderes uma capacidade maior de produzir seguidores e indivíduos motivados, pois, caso contrários será engolido por seus liderados.

Por isso, como podem notar, ficar estagnado na zona de conforto é perigoso tanto pelo perigo eminente de uma demissão, mas como, assistir pessoas que dinâmicas e que perceberam as mudanças realizarem seus sonhos. Ficar na zona de conforto é aceitar o papel de coadjuvante em meio a tantas possibilidades de ser o protagonista. Não é aceitar o fracasso, é desistir de tentar vencer, pois, todos, absolutamente todos, podem revolucionar suas vidas. Porém, algumas pessoas ficam com medo, ou se acomodam nos momentos em que os problemas nos oportunizam assumir a frente de nossas vidas, nosso destino, assumindo riscos e aceitando os desafios como possibilidades de crescimento profissional, mas ainda, de desenvolvimento pessoal.

 

Não há momento melhor para se perceber como alguém que pode fazer a diferença para sua vida e na vida de muitas pessoas, se não em momentos de dificuldades, pois, é mais difícil mesmo e a maioria das pessoas estão desanimadas, em desespero, por falta de conhecimento, por acomodação, seja qualquer o motivo que levou essas pessoas a tal desanimo, é nesse momento que surgem os líderes que transformam suas vidas. Surgem pessoas que tem a coragem de cruzar a correnteza e amarrar a corda do outro lado do rio. Surgem pessoas, destemidas, que enxergam os problemas como oportunidades de mudar suas vidas, de crescer e conquistar novos status. Pessoas engajadas em si mesmas, em seus potenciais, não entendem a palavra estabilidade como um fim, um emprego seguro, ao contrário, entende como uma busca, incessante pelo novo, para dar o próximo passo em direção a liberdade.