Caros amigos,

Inicio o mês de setembro, convidando-os a conhecerem meu novo artigo, e a responder a seguinte pergunta: ESG, POR QUE E PARA QUÊ?

Boa leitura a todos!

#ESG

 

Por ser um profissional atuante, onde acompanho as tendências do mercado, durante toda a minha trajetória profissional, a cada momento surgem siglas que prometem revolucionar e solucionar os problemas organizacionais. E a sigla do momento é a do ESG (Environmental, Social and Governance), ou seja: Práticas Ambientais, Sociais e de Governança. Onde a cada dia surgem novos gurus com receitas e fórmulas de sucesso. A exemplo das siglas como BSC, PDCA, entre outras. Diante disso, decidi abordar o tema e contribuir um pouco mais com uma breve reflexão.

Há muito tempo, com as constantes transformações do mundo contemporâneo as Organizações e a Sociedade como um todo, vem estudando formas de conciliar as práticas ambientais, sociais e de governança. Pois a saturação do planeta, dos recursos e da própria população, vem chegando a níveis extremos. E se nada for feito, que planeta deixaríamos aos nossos descendentes? Diante disso, na década de 1970 na Stockholm Conference Eco, foi dado os primeiros passos para a sensibilização ambiental e ecológica nos cinco continentes. Mais tarde em 1992 na Rio 92 Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, começou de fato a serem estabelecidas metas a serem cumpridas. Mas o ESG foi cunhado de fato em 2004 em uma publicação do Pacto Global em Parceria com o Banco Mundial, chamada Who Cares Wins (Quem se importa vence).

Apesar do ESG ter sido de fato criado em 2004, somente a partir de 2020, que o processo ganhou força no Brasil, pois várias organizações passaram a utilizar a sigla como cartão de visita ao mercado, como forma de ter vantagem competitiva, principalmente na mídia. Que vendem um produto e entregam outro. No entanto algumas empresas muito sérias, como Natura, Itaú, Ambev, Google, Boticário, Magazine Luiza, Bradesco, Unilever, Nestlé e Danone, estão sempre buscando modelos para definir suas atuações e estabelecer programas próprios no âmbito da responsabilidade ambiental, social e de governança. Onde suas ações, estão sempre sendo destacadas, como bem-sucedidas experiências empresariais pelos meios de comunicação, sobretudo ampliando a conscientização de que as empresas são importantes agentes determinantes na iniciativa de atenuar as diferenças sociais, figurando como as 10 maiores empresas do Brasil a praticarem o verdadeiro ESG.

Ao se organizar para um trabalho social, as organizações devem estabelecer um foco, pois suas atitudes não devem ter como objetivo a substituição das empreitadas de porte macro, que são obrigação do Estado, mas devem representar uma contribuição dirigida às enormes carências da coletividade e à preservação do meio ambiente. A falta deste foco pulveriza as ações sociais da empresa, tornando-as sem vínculos de identificação organizacional e emocional com seus executores, no caso, seus colaboradores. Isso pode acabar sendo entendido apenas como patrocínio, o que desvirtua o sentido da responsabilidade social.

O foco faz parte do modelo de gestão. Muitas vezes, ao abordar temas não diretamente ligados ao core business da empresa, sobretudo aqueles que envolvem práticas cidadãs, os empresários e gestores não se atentam à necessidade de um modelo de gestão para tratá-los. A responsabilidade social não deve ser interpretada como peça à parte do modelo de gestão da empresa. Deve ser a sua extensão. A uniformidade das práticas de gestão, tanto para os negócios como para a responsabilidade social, é o que diferencia uma empresa-cidadã, no stricto sensu, daquela que pratica atividades sociais sem maiores compromissos. É transformar e consolidar programas sociais em processos com referenciais de qualidade, produtividade, desempenho e melhoria contínua, entre outros fatores.

A responsabilidade social passa a ser cada vez mais compreendida como uma estratégia empresarial. A multivariedade de suas formas facilita a adequação e a conformidade com o modelo de gestão praticado e a cultura organizacional, considerando também os valores compartilhados. Um modelo sustentável de responsabilidade social é aquele que a empresa define em seu planejamento estratégico, pois a empresa-cidadã incorpora o relacionamento com seus stakeholders, com a comunidade em geral e com a defesa do meio ambiente no cotidiano de suas atividades. É a cidadania empresarial fundamentada no comprometimento organizacional.

Para ilustrar a importância crescente da responsabilidade social, os critérios de excelência do Prêmio Nacional de Qualidade dedicam um tópico de avaliação exclusivo para o tema "Interação com a sociedade". Assim, como parte do modelo de gestão, a responsabilidade social deve buscar a excelência. Dessa forma, a criação de mecanismos que permitem dimensionar e comparar ações sociais corporativas por meio de indicadores é uma tendência que reforça a qualidade dos modelos de gestão.

A prática da cidadania empresarial deve ser estruturada e, ao mesmo tempo, funcional, o que amplia a sinergia com o negócio da empresa, une competências e otimiza recursos. De forma consistente e sistêmica, a cidadania empresarial brasileira está expandindo sua contribuição para a redução das disparidades sociais, que devem ser administradas com competência, qualidade e visão de gestão para garantir a regularidade das ações comunitárias e assistir a uma parcela maior da população socialmente excluída.

Parabéns a @Natura @Itau @Ambev @Boticário @Google @Magazine Luiza @Bradesco @Unilever @Nestlé @Danone e a todas as demais empresas que estão de fato implantando o ESG.

Pensem nisso e até a próxima!

SOBRE O AUTOR:

José Renato Alverca

É Membro Fundador do IBPDICC – Instituto Brasileiro de Pesquisa Desenvolvimento e Inovação em Crédito e Cobrança, Pesquisador, Especialista em Crédito, Cobrança, Meios de Pagamento, Adquirência, Outsourcing, Gestão de Pessoas e RH e TI.

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