Vocês já dever ter ouvido a palavra Inclusão, de um tempo para cá, a palavra tem sido difundida de forma ampla nos meios de comunicação e principalmente pelas grandes organizações, que perceberam o poder que a palavra atribui ao mercado, como forma de obter uma vantagem competitiva e agregar valor à sua marca, principalmente ao mercado corporativo. As empresas vêm sendo questionadas e cobradas sistematicamente pelo mercado e por seus clientes, e pela população em geral, sobre as práticas e os processos que envolvam a transparência, a ética, as oportunidades e o respeito as Pessoas. A palavra inclusão, só passou a ter alguma notoriedade, a partir da publicação da legislação que estabeleceu a obrigatoriedade de as empresas com cem (100) ou mais empregados preencherem uma parcela de seus cargos com pessoas com deficiência. A reserva legal de cargos é também conhecida como Lei de Cotas (art. 93 da Lei nº 8.213/91).

No entanto cabe ressaltar que a Lei de Cotas, foi uma forma paliativa de inclusão, pois ela só contempla uma camada da população, outro fator que a lei criou, foi a voracidade no mercado pela busca do profissional com deficiência, lembrando que não é qualquer tipo de deficiência que atende a legislação, ficando de fora e desassistindo muitos profissionais que não se enquadram na legislação, criando desta forma uma promiscuidade. Além disso, pela grande demanda das empresas, mais preocupadas em preencher suas cotas e não serem autuadas, criou-se o Hunting de PCD’s, principalmente aqueles que já estavam empregados. Outro fator negativo do processo, foi que alguns PCD’s se aproveitaram desta situação, e passaram a criar problemas com seus empregadores.

A palavra inclusão vai muito além de uma simples lei de cotas, pois em sentido amplo ela deveria incluir e acolher a todas as pessoas, sem exceção, no sistema, independentemente de sua cor, classe social, idade, religião, condições físicas, gênero, opções sexuais, opções partidárias, entre outras. O mercado e as organizações, precisam sair do discurso do politicamente correto, e partirem para uma quebra de paradigmas que coloquem em prática a inclusão da pluralidade de nosso povo. Pois só assim, poderemos falar de um processo de inclusão que contemple as Pessoas!

Não existe diferença! “Toda a humanidade faz parte da mesma família, ou seja, de Pessoas! ”.

Pensem nisso e promovam a verdadeira inclusão! 

Sobre o Autor:
José Renato Alverca

É Membro Fundador do IBPDICC – Instituto Brasileiro de Pesquisa Desenvolvimento e Inovação em Crédito e Cobrança, Pesquisador, Especialista em Crédito, Cobrança, Meios de Pagamento, Adquirência, Outsourcing, Gestão de Pessoas e RH e TI.

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