Vivemos momentos difíceis, principalmente na Política Econômica, onde a alta taxa de desemprego, o excesso da carga tributária, e a falta de investimentos em áreas estratégicas, como na geração de energia, educação e saúde, afetam diretamente toda a população, e consequentemente as empresas e empresários que veem seus negócios diminuírem cada vez mais, gerando falta de consumo, falta de produtividade, falta de receitas, e redução do quadro funcional. As consequências imediatas na economia são: o empobrecimento da população, e a descrença dos investidores com os recorrentes rebaixamentos do Brasil no exterior. Diante deste quadro, o que as empresas e os gestores, precisam fazer para que seus negócios possam continuar crescendo num ambiente de crise? Meu entendimento é que precisamos trabalhar de forma preventiva, com muito planejamento, tentando prever cenários em diferentes ambientes, e desta forma mitigar o impacto nos negócios. O grande erro das empresas e dos gestores é pensar apenas no presente, e trabalhar corretivamente, quando acontecer o problema. Além do grande volume de investimento, haverá também um grande retrabalho, e esta falta de planejamento impactará diretamente num cenário hostil da economia. Para queremos mudar alguma coisa, precisamos de um verdadeiro Choque de Gestão Interna, ou seja: de novas ideias e de uma nova postura, quando a mente da pessoa está aberta para que isso ocorra, ou seja, quando está preparada para experiências novas, este é o primeiro passo da mudança.


A informação é o ponto de partida e a base para novas ideias e, consequentemente, identificação de oportunidades. As pessoas tem que ter as suas mentes estimuladas e tem que buscar estarem preparadas e “comprometidas” para o que ocorre no ambiente onde vivem. Fazendo uma analogia e transportando este conceito para o ambiente profissional, podemos identificar vários exemplos de Fontes de Novas Ideias, como: conversar com pessoas de todos os níveis sociais e de idade; Pesquisar novas patentes e licenciamentos de produtos; Estar atento aos acontecimentos sociais, às tendências, às preferências da população (local, regional, do país e do mundo) e às mudanças no estilo e padrão de vida das pessoas; Aos novos hábitos das crianças e dos jovens; Visitar feiras de negócios (mesmo de áreas diferentes da sua), universidades, bibliotecas, institutos de pesquisa e empresas (de sua área de áreas correlatas); Participar de conferências, congressos, reuniões; Ler, e ler muito, sempre e repetidamente: livros técnicos e científicos de sua área e jornais especializados (Valor Econômico, Gazeta Mercantil, Jornal do Commércio); Pesquisar na Internet: “buscadores”, sites de jornais especializados. Toda oportunidade deve ser avaliada antecipadamente a sua execução para evitar desperdício de tempo e de recursos. 


Identificada à oportunidade, os seguintes questionamentos devem ser feitos: qual mercado ela atende? Qual o retorno econômico que ela proporcionará? Quais são as vantagens competitivas que ela trará ao negócio? Qual equipe que transformará essa oportunidade em negócio? Até que ponto o próprio profissional e a sua equipe estão comprometidos com o negócio?


Precisaremos fazer uma análise do mercado: quem e quantos são os competidores no mercado? Qual é o limite e o alcance? Quais serão os canais de distribuição? Qual o potencial dos compradores? (número, localização e perfil dos clientes potenciais, quanto consomem, com que periodicidade, onde costumam comprar, quando e como consomem)? Qual a política de preços dos concorrentes?


Precisaremos fazer uma análise econômica: qual o retorno econômico do empreendimento? É viável em relação a outros investimentos de menor risco? Qual o ponto de equilíbrio? Qual e como será o fluxo de caixa? Qual o prazo de retorno do investimento?


Feitos os questionamentos, precisaremos identificar as vantagens competitivas, que estão necessariamente ligadas a diferenciais que proporcionam um ganho para o consumidor. Ocorrem por meio de um custo menor de produção, de estruturas enxutas, de criatividade no processo de obtenção do produto, que ao final levam a um produto ou serviço de menor custo e, consequentemente, de menor preço final.


Montando a equipe gerencial: de nada adianta identificar uma oportunidade se a equipe e o gestor não estiverem à altura do negócio. A experiência prévia no ramo conta muito. A equipe deve ter uma formação eclética e multidisciplinar para criar um diferencial. Porém, de nada adianta ter essas características se estiverem no negócio apenas atrás de compensações financeiras, sem paixão e sem orgulho pelo que estão fazendo. O gestor e sua equipe devem identificar-se com a ideia e com a oportunidade de negócio, porém deve-se evitar que o entusiasmo sobressaia em relação à análise crítica do negócio. Um negócio bem planejado terá mais chances de sucesso que aquele sem planejamento, na mesma igualdade de condições.


Plano de Negócios é parte fundamental do processo de um gestor. Os gestores precisam saber planejar suas ações e delinear as estratégias da empresa a ser criada ou em crescimento. A principal utilização do plano de negócios é a de prover uma ferramenta de gestão para o planejamento e desenvolvimento inicial. O índice de mortalidade das micro e pequenas empresas brasileiras, nos primeiros anos de experiência, atingem percentuais próximos dos 70%. Nos E.U.A. os índices atingem percentuais próximos dos 50%.


98% das causas de mortalidade das empresas são por falta ou falha de planejamento adequado ao negócio (incompetência gerencial). Não existe uma “fórmula mágica” para resolver isso, o que é necessário é uma capacitação gerencial contínua, uma aplicação dos conceitos teóricos e disciplina no planejamento periódico das ações. Para que o plano de negócios possa se tornar um instrumento eficaz de gerenciamento é importante que as informações nele existentes possam ser divulgadas internamente à empresa de forma satisfatória. Boas informações trancadas em uma gaveta ou perdidas em uma montanha de papéis na mesa de um executivo não são propriamente utilizáveis e acabam fatalmente por cair no esquecimento. O plano de negócios pode e deve também ser utilizado como ferramenta de gestão, utilizando as informações internas para guiar e validar os esforços de melhoria contínua da empresa. Para que isso aconteça, é necessário que exista monitoramento periódico da situação atual em relação aos números previstos, ou metas, do plano. Uma forma simples e bastante eficiente de utilizar o plano de negócios é a criação de um “Painel de Metas da Empresa” como um instrumento para guiar qualquer processo de melhoria organizacional. Este painel é um sistema visível de medidas de desempenho, que mostrará de forma simples, preferencialmente gráfica, a evolução da empresa ao longo do tempo em termos dos seus valores de avaliação. O “Painel de Metas da Empresa” é um painel visível com as medidas de desempenho, que mostra de forma simples e gráfica a evolução da empresa ao longo do tempo em termos dos seus valores de avaliação. O “Painel de Metas da Empresa” é, portanto, composto por um conjunto de gráficos apresentados em displays ou paredes, em locais acessíveis aos gerentes e funcionários relevantes. O “Painel de Metas da Empresa” deve refletir o plano de negócios, com as mesmas informações e parâmetros numéricos ali considerados. É uma ferramenta dinâmica que exige a criação de um procedimento de atualização periódica dos dados, de forma a se ter sempre uma visão do momento da empresa, do seu passado e das metas previstas.

Diz um provérbio Italiano: “Antes de entrar, pense na saída”.

Pensem nisso e até a próxima!!!