Hoje, 20 de maio de 2019, o mundo celebra o Dia Mundial da Pesquisa Clínica. 

O decorrer do tempo nos traz histórias e memórias de achados relevantes de cientistas do mundo e  sobre a evolução da Ciência.  

Apenas para relembrar, o primeiro ensaio clínico publicado no mundo foi em 1747, por Lind. Lind foi um médico da Marinha Britânica que tratou marinheiros com escorbuto, basicamente, dividindo-os em 2 grupos: um que recebia frutas cítricas como laranjas e limões, e outro que não recebia. O resultado, como sabemos, foi que o grupo que recebeu frutas cítricas apresentou melhores resultados para o controle do escorbuto do que o grupo que não recebeu. Com a publicação deste estudo podemos declarar oficialmente o começo da Pesquisa Clínica no mundo. 

Há séculos temos visto na história o surgimento e a evolução de modelos de estudos para a descoberta de novos medicamentos e tratamentos para a saúde. Podemos citar, dentre vários, o estudo do Florence Nightingale em 1863, cujo observou que os cuidados e as melhoras clínicas das condições dos pacientes estavam vinculados diretamente ao ambiente. Deste modo, o cuidado em manter o ambiente ventilado, controle do número de leitos por enfermaria, o ato de separar os doentes mais graves dos menos graves, contribuíram, e ainda contribuem, para os cuidados de Enfermagem adequados, e consequentemente, a melhora clínica dos pacientes. 

Dentre outros achados científicos, temos: a descoberta das vacinas no século XVIII por Edward Jenner, podemos citar os estudos de Marie Curie sobre radioatividade, sendo ela a primeira mulher a ganhar um prêmio Nobel de Física em 1903 juntamente com seu marido Pierre Curie; a descoberta da Penicilina em 1928 por Alexander Fleming. Enfim, as descobertas, achados e publicações que resultaram em melhoras na saúde da população mundial não param por aí. 

Evoluímos também nos quesitos Ética e respeito ao participante de pesquisa com o Código de Nuremberg em 1947, Declaração de Helsinque (com a primeira edição em 1964), ICH-GCP, Documento das Américas e demais legislações e resoluções editadas por cada país que regem os processos de Pesquisa Clínica no mundo. 

Melhoramos e evoluímos muito, mas há um caminho longo a ser percorrido. 

O trabalho e os estudos não param. A cada dia é possível oferecer novos tratamentos, novas opções que prolongam a vida. Por outro lado, há discussões a serem elaboradas sobre os aspectos éticos, populações especiais, armazenamento e proteção de dados do paciente, qualidade de vida após tratamento e continuidade do tratamento a ser ofertado pelo patrocinador. 

Enfim, as demandas surgem, e urgem, a todo tempo e estão a nos enfrentar rotineiramente, e de maneira quase animalesca: vorazes como um predador, pedindo a  nossa paciência de felino e  organização como a uma de colmeia.

Parabéns aos que se dedicam à Pesquisa, em todas as suas fases.

Juliana Ap. Borges de Oliveira