O diabetes é uma condição que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Somente no Brasil, estima-se que mais de 9 milhões de pessoas tenham a doença, sendo que sua prevalência só tende a aumentar. Segundo a consultoria GlobalData, a indústria farmacêutica no Brasil deve atingir os 48 bilhões de dólares até 2020 – um crescimento médio de 8,5% ao ano, motivado inclusive pela alta incidência de doenças crônicas como o próprio diabetes.
No entanto, a Universidade de San Diego, nos Estados Unidos, identificou que grande parte dos portadores de diabetes não faz um monitoramento correto e contínuo dos níveis de glicemia no sangue – especialmente devido à grande inconveniência de picar os dedos para efetuar a medição diversas vezes ao dia.
No entanto, esse incômodo pode estar com os dias contados. Isso porque o departamento de Engenharia dessa mesma universidade criou um aparelho capaz de medir os níveis de glicemia sem nenhum tipo de picada. O aparelho funciona como uma espécie de “tatuagem temporária” aplicada na pele: o paciente diabético apenas deve encostá-lo no braço, aplicar água, e remover o papel que contém o aparelho. A partir daí, é possível ter uma medição precisa dos níveis de glicose no sangue.
Essa novidade vem para revolucionar o tratamento da doença. Segundo Edward Chao, professor na escola de medicina da UCSD, a adesão a tratamentos de doenças crônicas é tradicionalmente baixa – e a diabetes não é exceção. O monitoramento é importante para a gestão da doença, por permitir acompanhar episódios de hipo e hiperglicemia – que podem causar mal-estar e até mesmo ser fatais.
Além do monitoramento contínuo e ajustes dos níveis de medicação, diversos estudos vêm demonstrando a eficiência de uma dieta baixa em carboidratos (dieta low-carb) para tratamento da diabetes. As dietas low-carb contam com a redução no consumo de carboidratos para facilitar o controle da glicemia no sangue – e têm resultados expressivos mostrados tanto clinicamente quanto em laboratório.
No entanto, é importante ressaltar a necessidade de acompanhamento profissional para a gestão adequada dessa doença – até mesmo porque a dieta correta pode reduzir drasticamente a necessidade de medicamentos, o que apenas um profissional é capaz de aferir.