Escolhido por Jair Bolsonaro para comandar o ministério da Saúde, o deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM/MS) tomou posse no cargo nesta quarta-feira (2/1) no lugar de Gilberto Occhi, indicado por Michel Temer (MDB). “Temos que cumprir um desafio institucional. Vamos construir um SUS juntos”, disse Mandetta.
Ao longo de mais de 50 minutos, o novo titular da pasta falou sobre a trajetória familiar, profissional e política.
A área da saúde é uma das mais sensíveis e importantes do país. O orçamento aprovado para 2019 é de R$ 129 bilhões, o maior do governo federal.
Mandetta afirmou que a atenção básica de saúde será o norte do seu trabalho. Destacou também que precisa melhorar a saúde indígena, a qual pretende reestruturar.
Concorrida
A cerimônia de posse foi concorrida e o pequeno auditório do ministério não comportou os profissionais de imprensa, deslocados a acompanhar a transmissão de cargos por meio de uma televisão dentro da biblioteca do ministério.
Prestigiaram o evento os ministros Tereza Cristina (Agricultura), Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) e Osmar Terra (Cidadania), os governadores do Distrito Federal e Rondônia, Ibaneis Rocha (MDB) e coronel Marcos Rocha (PSL). Parlamentares como o senador Davi Alcolumbre (DEM-AM) e o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) também estiveram no evento.
Ex-titular da pasta entre abril e dezembro, Gilberto Occhi fez um discurso de agradecimento aos colegas de ministério e exaltou o Sistema Único de Saúde, o qual Jair Bolsonaro teve a vida salva por profissionais da Santa Casa de Juiz de Fora (MG) após sofrer um atentado durante campanha.
Sobre o novo ministro
Deputado federal pelo DEM/MS com apenas um mandato, Luiz Henrique Mandetta é formado em medicina pela Universidade Gama Filho do Rio de Janeiro. Ele também fez residência em ortopedia na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).
Mandetta tem passagem pelo Exército – de onde foi tenente na década de 1990. Ainda exerceu cargo de secretário de Saúde de Campo Grande (MS). Ele é investigado por suposta fraude em licitações, tráfico de influência e caixa dois quando ocupava o posto.