O governo ainda não autorizou os reajustes dos preços de medicamentos, mas a Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa) calcula que a alta em 2017 deverá ser de até 4,76%.
O anúncio do reajuste dos preços de medicamentos deverá ser feito em abril
A associação, que representa laboratórios responsáveis pela venda de 82% dos medicamentos de referência do mercado e também por 33% dos genérico, tem como base a inflação de fevereiro, divulgada nesta sexta-feira (10), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Além do reajuste mais alto, há outras duas faixas previstas: 3,06% e 1,36%.
Em nota, o presidente-executivo da Interfarma, Antônio Britto, diz que, na prática, o reajuste não é integralmente aplicado.
— A concorrência de mercado resulta em descontos expressivos nas vendas em farmácias. E existem descontos obrigatórios para o governo, além de abatimentos negociados.
Na hora do cálculo, o governo irá considerar a inflação acumulada desde o último reajuste (que foi de até 12,5%), além de outros fatores, como ganhos de produtividade e custo dos insumos.
A Interfarma atribui a alta do ano passado aos elevados gastos com variações de câmbio e energia elétrica. Esses dois componentes deram uma arrefecida de meados de 2016 para cá.
Entre 2005 e 2016, o governo já autorizou as farmacêuticas a aumentarem os preços em até 77%.