Essa edição teve como tema “Novas Perspectivas em Hair Care” e trouxe aos participantes, profissionais de diversas empresas da indústria de HPPC, discussões envolvendo estudos e tecnologias aplicadas aos cuidados com os fios, além de inputs para identificação de tendências. Os temas abordados contemplaram as colorações, claims, alisamentos, fragrâncias, além dos hábitos do consumidor.
Segundo Marina Kobayashi, gerente de inovação da ABIHPEC, o 2º Workshop ITEHPEC de Cabelo trouxe diversas novidades para a indústria, além de trazer um aprofundamento nos temas da 1ª edição. “A diversidade étnica encontrada no país graças à miscigenação, oferece uma rica variedade de cabelos, tornando o Brasil o lugar ideal para as pesquisas nesse segmento. E é com o olhar atento que o ITEHPEC continua trabalhando para agregar conhecimento e inspirar a indústria cosmética para que seja cada vez mais competitiva.”
A diversidade capilar brasileira foi assunto também da palestra de Nathália Ferro de Oliveira, Coordenadora de Avaliação Instrumental e Clínica da L’Oréal. De acordo com a profissional, o Brasil é o único dos 22 países estudados onde se encontram todos as 8 classificações de cabelo mapeadas no mundo, fazendo com que o país seja considerado precursor dos cabelos do futuro e desafiando os pesquisadores a entender e caracterizar o cabelo brasileiro. “É um desafio pois, além da diversidade, a rotina de cuidado capilar da mulher brasileira é extremamente extensa e sofisticada, o que traz danos mecânicos e térmicos aos fios. Para completar, o clima brasileiro identifica os índices mais altos de UV.”
Refletindo a importância do mercado capilar no Brasil, a indústria mostra também uma preocupação em estar sempre inovando, visto que o consumidor está sempre em busca de novidades para deixar os fios mais bonitos e saudáveis. Um estudo apresentado pela Valéria Longo, diretora da Katléia Lab, revelou que 75% das mulheres entrevistadas considera seu cabelo pouco saudável, enquanto 21% considera saudável e apenas 4% muito saudável. A pesquisa apontou também que 96% das participantes haviam feito algum procedimento químico.
Outro assunto abordado ao longo do dia foi a coloração, cujos primeiros registros foram notados na Grécia e no Egito Antigo. A necessidade de mudança de aparência é muito antiga, assim como a tecnologia de coloração sintética, que data de 1907 e é praticamente a mesma desde então. Simone França Stefoni, Coordenadora Técnica da Coty, explicou aos presentes sobre colorações vegetais, metálicas, compostas e sintéticas, além de suas atuações nos cabelos. “O maior grupo de produtos do mercado é sintético, mas o resgate dos produtos vegetais tem recebido investimentos por parte das indústrias já que é notada uma grande tendência voltada à demanda do consumidor por opções mais naturais e suaves para o cabelo”, destaca.