São Paulo – O Grupo B2E, que inclui a empresa Brazil 2 Export, realizou cerimônia de lançamento de sua fábrica nesta terça-feira (13), na Câmara de Comércio Árabe Brasileira, em São Paulo. A planta fica localizada em Cotia (SP) e vai produzir cosméticos e peças eletrônicas, como secadores e pranchas de cabelo.

“Em um primeiro momento, o volume será de 20 mil peças de eletrônicos por mês, e de 40 mil litros por mês só cosméticos. Depois, podemos aumentar a capacidade e deve chegar a 80 mil litros por mês”, afirmou Nazir Farra (foto acima), diretor-geral do grupo.

Com a abertura da fábrica, o empresário prevê um crescimento de 25% a 30% no volume de negócios para 2019. “Já fechamos os contratos antes das máquinas começarem a operar”, comemora Farra. Segundo ele, a fábrica vai focar 100% de sua produção em exportação. “Temos nossas marcas, mas podemos fazer para outras marcas, o ‘private label’, também”, explicou o executivo sobre os produtos próprios e desenvolvidos para terceiros.

O Grupo B2E nasceu em 2014, em Belo Horizonte (MG), mudou a operação para São Paulo em 2015 e chega, agora, à sua primeira planta própria. Ao longo de sua história, o grupo exportou para 20 países diferentes, entre eles Egito, Iraque e Arábia Saudita, que estiveram representados durante o evento. A companhia é associada à Câmara Árabe.

 

Durante a cerimônia, o vice-presidente de Relações Internacionais da Câmara Árabe, Osmar Chohfi, falou sobre o potencial de crescimento no comércio de cosmético. “No mercado árabe de cosméticos, o Brasil ainda é um exportador modesto. Temos muito espaço para trabalhar. De 2012 a 2017, tivemos aumento de 35% nas exportações. Nós temos capacidade para atender as novas tendências desse setor no mundo e nos países árabes”, afirmou Chohfi sobre as necessidades do mercado, incluindo produzir com sustentabilidade.

O diretor jurídico da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), Antonio Carlos Siqueira da Silva, participou do evento. “O mercado árabe é excepcional. O que temos que superar são as barreiras regulatórias. É um desafio quando você vai a um país conhecer o ambiente. A primeira coisa é conhecer o país e sua história. Depois é que você começa a fazer negócio. É uma questão mínima”, explicou o diretor em sua fala.

Silva destacou a necessidade de direcionamento como o que é dado pelo programa BeautyCare Brazil, oferecido pela associação para pequenas e médias exportadoras em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). “As pequenas empresas precisam contar com programas como o BeautyCare para saber quais são essas barreiras e uma série de requisitos para capacitação das operações de exportação”, contou Silva sobre o Projeto de Internacionalização da Indústria Brasileira de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos do qual a Brazil 2 Export faz parte.

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