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Farmacêutico empreendedor tem mãe e esposa protagonistas

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Farmacêutico empreendedor tem mãe e esposa protagonistas
Fernando Brandão até pensou em desistir, mas exemplo da mãe e apoio da esposa o levaram ao sucesso
Foto: Divulgação

O farmacêutico empreendedor Fernando Brandão, de Bocaiuva (MG), herdou da mãe o apreço pela saúde e perseverou com apoio da esposa. Hoje comanda três farmácias na pequena cidade mineira de 50 mil habitantes. Mas o sucesso não veio tão rápido quanto esse primeiro parágrafo pode levar a crer.

Com tropeços no caminho, o empresário precisou superar o medo de arriscar para atingir o sucesso. Os grandes exemplos do varejo farmacêutico brasileiro você encontra aqui, na seção Minha História, que debuta com seu 15º episódio.

Exemplo de farmacêutico empreendedor veio de casa

O farmacêutico empreendedor é filho de dois funcionários públicos. Enfermeira chefe do Hospital Federal – Fundação Serviço de Saúde Pública, a mãe Mariana Krusemark Brandão foi sua maior inspiração. “Por vezes a acompanhava ao trabalho e me encantava com aquele ambiente, principalmente com o laboratório de análises clínicas”, relembra.

Foi esse desejo que o moveu a cursar farmácia para se especializar em análises clínicas. No entanto, não se adaptou à área e decidiu investir na abertura de uma drogaria.

Surge o irmão e farmacêutico empreendedor

Pouco mais que um recém-formado em 1989, Brandão não tinha condições de empreender no varejo farmacêutico com seu capital próprio. Por isso, ele precisou de uma ajudinha da família, que veio a partir de uma condição especial.

“Pedi que meus pais me ajudassem a abrir uma farmácia na cidade. Eles aprovaram a ideia, desde que eu e meu irmão, Carlos Brandão, fôssemos sócios no empreendimento”, afirma.

Assim, os dois irmãos começaram a tocar o negócio. O problema é que nenhum deles tinha conhecimentos aprofundados sobre a administração de uma empresa.

“A faculdade de farmácia foi ótima, mas apenas uma matéria em todo o curso tratava sobre administração. Nos faltava esse conhecimento e os negócios iam de mal a pior. Em quatro anos, sentia que não tinha aptidão para ser empresário”, lamenta.

Sofrendo para fechar as contas no azul, Brandão estava quase desistindo. Mas com o encorajamento da futura esposa, Heloísa Brandão, resolveu buscar a ajuda do Sebrae. “Para cursar uma nova faculdade, eu teria que sair do município constantemente e me afastar da farmácia. Essa opção me garantiu mais bagagem sem a necessidade de me distanciar da operação”, conta.

Os ensinamentos foram tão valiosos que, em 1994, a rede abria sua primeira filial, o que também decretava o fim da sociedade em família, uma vez que Carlos ficaria com a matriz e Fernando com a nova loja.

Em voo solo, solução era buscar apoio

Agora em voo solo, Brandão sentia a necessidade de buscar um apoio externo, principalmente com o crescimento da Drogaria Minas-Brasil no norte de Minas Gerais, no início dos anos 2000.

A sua dor era a mesma de empresários da região, que criaram a rede associativista Farma Norte e saíram de porta em porta conversando com outros gestores sobre o sistema. Reconhecendo a dificuldade de lidar com a concorrência, ele decidiu ingressar na associação, só que nem tudo correu como previsto. “Havia o desejo de colaborar uns com os outros, mas faltava preparo”, avalia.

Franquia, uma nova aposta

A ideia do associativismo não decolou em um primeiro momento, o que levou o empresariado local a apostar em uma nova contraofensiva. Dessa vez, uma rede própria resolveu expandir sua atuação por meio do regime de franquias.

Em 2010, Brandão tentou investir no modelo, novamente sem sucesso. “Apesar de administrarem com maestria sua rede, os gestores não conseguiram replicar o bom desempenho para suas franquias. Não havia estrutura, uma retaguarda que nos auxiliasse nos momentos de dificuldade”, relembra o farmacêutico empreendedor, que mais uma vez decidiu seguir sozinho.

Uma reunião em Formiga (MG) mudou tudo

O município de Formiga (MG), a 500 km de distância de Bocaiuva, mudou a vida de Brandão de maneira definitiva. Em 2014, após indicação de um amigo que trabalhava no atacado farmacêutico, ele decidiu viajar para a cidade com o objetivo de conhecer a operação da Entrefarma, que já atuava sob a bandeira da Farmarcas.

Ao analisar a rede, que conta com José Lúcio Alves como um de seus diretores, o farmacêutico empreendedor identificou uma nova oportunidade de negócio, mas com desconfiança por conta dos tropeços anteriores.

A esposa Heloísa, que era dentista e estava afastada de seu trabalho por problemas de saúde, mais uma vez foi um alicerce importantíssimo para a carreira da nossa personagem. “Como ela já era graduada e pós-graduada em administração, precisava desse amparo dela”, observa.

Agora parte da Farmarcas, Brandão passou a ter uma retaguarda até para problemas que desconhecia. “Me recordo quando implementaram o cartão fidelidade. Bati o pé com o Edison Tamascia por entender que não precisava aderir a esse produto. Ele me explicou que isso era uma ‘proteção’ para a chegada das grandes redes. E não é que estava certo?”, conta.

Porém, outro abalo despertou preocupação. A Minas-Brasil fincou bandeira em Bocaiuva e as vendas de sua farmácia caíram quase 20%. “Liguei para o Edison num domingo à noite. Já estava há três dias sem dormir. Ele só recomendou que eu dormisse tranquilo. A solução foi exatamente o cartão fidelidade e em 30 dias recuperei as vendas. No segundo mês já tínhamos superado o patamar anterior”, celebra.

Farmaceutico empreendedor fachada
Hoje, Fernando Brandão é resonsável pela gestão de três farmácias no interior de Minas Gerais
Foto: Divulgação

Brandão comanda duas unidades da Entrefarma e uma da Ultra Popular. “Se tivermos chance de crescer, vamos aproveitar, pois hoje sei que temos exatamente a retaguarda necessária para superar qualquer desafio”, conclui.

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