Atlhetica Nutrition fortalece mix de suplementos nas farmácias — Foto: Divulgação

Os suplementos nas farmácias já são realidade para os varejistas, comodidade para os consumidores e uma estratégia-chave para os fabricantes. Para a Atlhetica Nutrition, por exemplo, o canal farma vem ganhando cada vez mais prioridade comercial.

Esse foco nas drogarias foi revelado com exclusividade ao Panorama Farmacêutico pelo diretor de marketing da companhia de nutrição esportiva, Carlos Tomaiolo. De acordo com o executivo, as estratégias junto ao varejo farmacêutico foram vitais para os avanços conquistados no ano passado.

Atualmente, as farmácias representam 20% das vendas da Atlhetica Nutrition. A meta é que, até o fim do ano, esse share chegue a até 35%.

“Tivemos um incremento de 50% no faturamento em comparação com 2022, resultado do foco no trabalho comercial, com equipe dedicada que tem profundo conhecimento e experiência no canal. que credenciamos sobretudo às farmácias”, comemora. Tomaiolo também revelou que, durante o ano, a Atlhetica investiu em treinamentos com a equipe para melhor trabalhar junto aos varejistas e atacadistas farmacêuticos.

Suplementos nas farmácias atingem público “mais democrático”

Falando sobre o porquê do foco nas farmácias e drogarias, o diretor explicou que o público consumidor nesse canal é diferente daquele atingido em body shops e outros estabelecimentos especializados.

“No canal farma trabalhamos mais com o público entrante, novo consumidor que está começando a fazer uso da suplementação. Entendemos que esse é um público mais democrático, que consome de maneira diferente e demanda uma comunicação mais customizada, para que entenda a necessidade e as qualidades de suplementar”, explica.

E o produto deve ser “igualmente diferente”, o que acabou fortalecendo o carro-chefe da companhia, a marca Best Whey. “Atualmente ela responde por 55% das vendas da Atlhetica Nutrition. As farmácias respondem por 57% desses negócios”, afirma o executivo. “Para atrair o público entrante, é necessário ir além da nutrição. Precisamos de um produto mais versátil, focado na palatabilidade e na praticidade, até mesmo investindo em uma pegada mais gourmet e mostrando a versatilidade do uso dos suplementos”, completa.

Varejo farmacêutico traz “credibilidade”

Tomaiolo acredita ainda que a presença dos suplementos nas farmácias traz mais credibilidade para os produtos. “O varejo farmacêutico assegura muita credibilidade para o suplemento, enquanto esse produto é revertido em rentabilidade e margem para o empreendedor. Valoriza a prateleira”, analisa.

Para que essa “via de mão dupla” fique ainda mais encorpada, o diretor aposta no fortalecimento das ações de trade marketing. “O varejo farmacêutico tem particularidades que precisamos levar em conta. Um exemplo diz respeito ao SKU, que deve ser mais enxuto. Por isso, fomos pioneiros em apresentações de 450 gramas. Agora queremos renovar nosso posicionamento visual no PDV e também investir em promoções”, explica.

Meta de 100 novos SKUs

Em paralelo, a Atlhetica Nutrition também projeta a ampliação de seus SKUs. Em 2023, a empresa efetivou o lançamento de 80 novos produtos e, para este ano, o objetivo é ter 100 novos itens.

“Realizamos o rebranding de algumas marcas no ano passado, como a Clean Lab. Agora, chegou a hora de rechear de novidades essas linhas e, é claro que esses produtos chegarão às prateleiras do varejo farma”, garante Tomaiolo.

Atualmente, a fabricante conta com um portfólio composto por 300 produtos, dos quais, cerca de 50% já está disponível para o canal farma. A maioria dos lançamentos previstos para 2024 estará também nas farmácias.

Não medicamentos sustentam alta do varejo farmacêutico

E o canal farma tem muito o que comemorar com a notícia que novos SKUs de não medicamentos chegarão às lojas. Afinal, essa é a categoria que tem sustentado o avanço do setor.

Enquanto o mercado brasileiro cresceu 0,81% em venda de unidades, essa divisão saltou cinco vezes mais – 4,12%, chegando a 2,92 bilhões. Os dados são da Close-Up International e dizem respeito aos últimos 12 meses até novembro de 2023.

Nesse mesmo período, os medicamentos com prescrição (MPX) tiveram um avanço mais tímido (2,13%), enquanto os medicamentos isentos de prescrição (MIPs) despencaram, registrando um recuo de 7,73%.