O grande varejo farmacêutico voltou ao patamar de dois dígitos de crescimento no primeiro semestre. As 26 empresas que integram a Abrafarma totalizaram R$ 32,5 bilhões de faturamento no período, índice 18,45% superior ao dos seis primeiros meses de 2020.
Como parâmetro, o avanço do setor no ano passado, em comparação com 2019, foi de 8,8% – mesmo considerando o pico de demanda no início da pandemia, com clientes em busca de produtos e medicamentos para estocagem. “Isso demonstra que as farmácias se consolidaram não somente como polos de consumo, mas também como centros de assistência à saúde, tanto que todas as categorias registraram uma evolução consistente”, comenta Sérgio Mena Barreto, CEO da Abrafarma.
Em termos percentuais, destaque para a operação de delivery e e-commerce, com alta de 72,51% e movimento de R$ 1,27 bilhão. “A participação do digital no volume geral de vendas ainda é pequena, mas aumentou de 2,6% para 3,9% no período de um ano e deve se manter como tendência”, acredita.
Os medicamentos responderam por 68% da receita do semestre, o que correspondeu a R$ 22,28 bilhões. Os remédios isentos de prescrição tiveram alta de 23,29% e somaram R$ 6,36 bilhões. Já os chamados não medicamentos, que contemplam itens de higiene pessoal, cosméticos e perfumaria, geraram vendas de R$ 10,26 bilhões, um incremento de 19,07%
Maior tíquete médio
Mais exigente e preocupado com a imunidade e o bem-estar, o consumidor das farmácias possibilitou uma expressiva evolução no tíquete médio, que saltou de R$ 63,07 para R$ 71,87. “O grande varejo viveu em poucos meses uma transformação de cinco anos em função da Covid-19 e do novo perfil do consumidor, muito mais digital e objetivo nas suas compras. E as farmácias ganharam relevância nesse contexto”, acrescenta Barreto.
As empresas associadas detêm um market share de cerca de 45% do setor, embora representem apenas 10% das mais de 82 mil farmácias atuantes no país.
Comparativo
1º sem 2021 | 1º sem 2020 | Variação % | |
Vendas |
R$ 32.547.784.659 | R$ 27.477.443.356 | 18,45 |
Vendas de medicamentos |
R$ 22.284.957.316 | R$ 18.858.107.728 | 18,17 |
Vendas de MIPs/OTCs |
R$ 6.363.012.564 | R$ 5.160.853.885 |
23,29 |
Vendas de genéricos | R$ 3.709.347.470 | R$ 3.133.854.194 |
18,36 |
Vendas de não medicamentos | R$ 10.262.827.343 | R$ 8.619.335.628 |
19,07 |
Delivery/e-commerce |
R$ 1.272.364.821 | R$ 737.536.345 | 72,51 |
Unidades totais vendidas | 1.395.172.608 | 1.328.913.585 |
4,99 |
Total de lojas |
8.569 | 8.034 | 6,66 |
Funcionários/colaboradores | 140.757 | 129.997 |
8,28 |
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico
Cadastre-se para receber os conteúdos também no WhatsApp e no Telegram
Jornalismo de qualidade e independente
O Panorama Farmacêutico tem o compromisso de disseminar notícias de relevância e credibilidade. Nossos conteúdos são abertos a todos mediante um cadastro gratuito, porque entendemos que a atualização de conhecimentos é uma necessidade de todos os profissionais ligados ao setor. Praticamos um jornalismo independente e nossas receitas são originárias, única e exclusivamente, do apoio dos anunciantes e parceiros. Obrigado por nos prestigiar!
Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/hilab-auxilia-farmacias-na-gestao-dos-servicos-de-saude/