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Versamune será trunfo contra variantes, aposta desenvolvedor

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A Farmacore, responsável pelo desenvolvimento do imunizante Versamune contra a Covid-19, prevê alterações no protocolo de testes da vacina brasileira e deverá entregar um novo desenho de estudo à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) até o próximo dia 30 de julho.

Veja também: Covid-19: HC de Ribeirão Preto, SP, inicia aplicação da ButanVac em voluntários

Uma das alterações no protocolo é a inclusão de pessoas previamente imunizadas com outras vacinas autorizadas no Brasil para que os cientistas façam comparações. A análise será definida entre os imunizados com as vacinas de Oxford/AstraZeneca, Coronavac ou Janssen, mas ainda não está certo qual será o imunizante escolhido.

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Os desenvolvedores acreditam que um importante trunfo da vacina será sua capacidade de ativar uma resposta imune mais potente do que aquela de vacinas já conhecidas, tornando-a mais eficaz no combate contra variantes do coronavírus.

‘A tecnologia ativa especificamente vias imunológicas críticas necessárias para poderosas respostas de células T (com funções imunes) e anticorpos neutralizantes. Nossa vacina gera uma resposta imune muito específica, direcionada e poderosa. Dessa forma, acreditamos que ela irá combater as variantes’, afirmou Celio Lopes Silva, pesquisador da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, vinculada à Universidade de São Paulo (USP), e um dos pesquisadores responsáveis pelo desenvolvimento da vacina em entrevista ao jornal O Globo divulgada nesta terça-feira (27/7).

A empresa de biotecnologia de Ribeirão Preto, no interior paulista, manterá o número de 360 voluntários que serão monitorados nas fases 1 e 2 de desenvolvimento do imunizante. O esquema vacinal compreende duas doses dentro de um intervalo de 28 dias. Após essas etapas, será iniciada a fase 3 dos testes, cujos resultados de eficácia estão previstos para serem divulgados ao longo dos dois primeiros meses de 2022. A expectativa é que os testes iniciem um mês após a aprovação da Anvisa.

Embora a vacina tenha sido desenhada por cientistas brasileiros, as doses utilizadas nos testes iniciais (fases 1 e 2) serão fabricadas nos Estados Unidos. As doses deverão ser produzidas por uma fabricante brasileira a partir da fase 3 de testes, mas, segundo a Farmacore, está descartada a participação do Instituto Butantan e da União Química, pois já estão envolvidos na produção de outras vacinas contra Covid-19.

‘Só é possível importar materiais para uso clínico com essa liberação [da Anvisa], mas as vacinas estão quase prontas’, informou ao jornal Helena Faccioli, CEO da Farmacore.

O Versamune, que batiza a vacina, é um componente conhecido por potencializar a resposta imune, uma vez que ele auxilia o acesso às células do sistema imunológico. Esse componente é produzido originalmente pela empresa norte-americana PDS Biotechnology, que é parceira da Farmacore. A contribuição dos desenvolvedores brasileiros foi identificar a proteína mais adequada para unir forças com esse elemento, produzindo dessa forma uma boa resposta imune à Covid-19.

Para desenvolver essa vacina, foram investidos até o momento R$ 20 milhões custeados pela Farmacore e PDS Biotechnology. O governo federal também fará uma colaboração de R$ 30 milhões, segundo a Farmacore. O governo brasileiro já apoiou as fases pré-clínicas, baseadas em testes de laboratório.

Vacinas brasileiras

A Universidade Federal de Minas Gerais, que está desenvolvendo outra vacina brasileira, a Spintec, também prevê entregar à Anvisa nesta semana o relatório de testes realizados em animais para iniciar os testes em humanos. Segundo os desenvolvedores, os resultados das experiências com a Spintec são promissores.

Fonte: Metrópoles

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