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Hospital do Coração abre pré-cadastro de voluntários para a Versamune, candidata a vacina brasileira contra Covid

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Versamune – O Hospital do Coração (HCor), em São Paulo (SP), abriu nesta terça-feira (1º) o pré-cadastro dos voluntários para os testes das fases 1 e 2 do estudo clínico da Versnamune, candidata à vacina contra a Covid-19 financiada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações

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A inscrição pode ser feita por meio de um formulário no site do hospital. No entanto, essa etapa da pesquisa ainda precisa de autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep).

A previsão de início dos testes é ainda do mês de junho, segundo a Farmacore, startup de biotecnologia que desenvolve o imunizante com apoio da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto (SP).

Com a aprovação dos órgãos regulatórios, 360 voluntários brasileiros serão selecionados para as etapas que vão avaliar a segurança e a imunogenicidade do imunizante, isto é, a capacidade de provocar uma resposta imune no organismo.

A fase 3, que abrange mais pessoas e outros centros de pesquisa, ainda não tem data e estrutura definidas.

Quem pode se candidatar?

De acordo com o HCor, pessoas acima de 18 anos que ainda não foram vacinadas contra a Covid e que não contraíram a doença podem participar dos estudos clínicos.

Além de serem reavaliados, os voluntários farão um teste RT-PCR, que identifica o vírus por amostras coletadas no nariz e na garganta, e um exame de sangue, para que haja confirmação de que eles nunca tiveram contato com o Sars-CoV-2.

É necessário, também, que o voluntário não tenha doenças crônicas.

Ainda segundo o hospital, o pré-cadastro não é garantia de participação no estudo. Ainda haverá uma triagem pelos pesquisadores.

Dos 360 voluntários escolhidos, 240 receberão a vacina e 120 o placebo. Depois, eles serão acompanhados por um ano dentro da pesquisa.

Nos estudos, o imunizante será aplicado em duas doses, com intervalo de 28 dias entre elas. A resposta imune celular da vacina vai ser feito pelo Laboratório de Investigação em Dermatologia e Imunodeficiências da USP.

Como é a Versamune?

A Versamune combina a proteína que o coronavírus usa para invadir as células humanas, o que induz a produção de anticorpos, empacotada em uma nanopartícula que ativam as células T do sistema imunológico, capazes de induzirem à memória imune.

Segundo a Farmacore, a literatura científica aponta que vacinas com a mesma tecnologia já geraram imunidade por até doze anos. Ainda não é possível estimar, porém, um prazo exato para a duração da proteção da Versamune, já que ela ainda não começou a ser testada em humanos.

Os desenvolvedores da vacina também acreditam que a Versamune tem capacidade de se modificar para combater as novas variantes do coronavírus que já estão em circulação e as novas que possam surgir.

Quanto custa e quem pagará os testes da Versamune?

O ministro Marcos Pontes informou em março que o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações tinha a garantia de R$ 200 milhões no orçamento de 2021 para o financiamento dos estudos clínicos da Versamune.

Em uma transmissão pela internet antes da sanção do orçamento de 2021, Pontes indicou, ao lado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que a pesquisa custaria R$ 340 milhões, com R$ 30 milhões destinados à primeira e à segunda fase e R$ 310 milhões à terceira etapa.

Pontes também disse esperar que esses recursos entrassem na previsão de gastos do governo para 2021. Na sequência, sem mencionar cortes específicos para a Versamune, Bolsonaro afirmou que todos os ministérios enfrentariam restrições de recursos.

A lei que prevê os gastos para 2021 foi sancionada em abril pelo presidente com vetos e bloqueios de cerca de R$ 29 bilhões, o que inclui R$ 663,8 milhões do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações, com a justificativa de cumprir o teto de gastos.

Do total contido do Ministério da Ciência, R$ 291,4 milhões são de recursos vetados, ou seja, retirados em definitivo do orçamento, e R$ 372,3 milhões são de verbas bloqueadas, que podem voltar ao escopo de gastos ao longo do ano.

Após a publicação do orçamento, também sem mencionar diretamente a Versamune, Pontes disse que se reuniria com sua equipe para avaliar quais projetos poderiam ser continuados diante das reduções impostas pelo governo federal.

Fonte: G1

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/plano-gratuito-da-clinicarx-viabiliza-servicos-clinicos-em-pequenas-farmacias/

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