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A primeira droga destinada a prevenir enxaquecas foi aprovada pela agência regulatória americana, Food and Drug Administration (FDA), na última quinta-feira (17). Chamada de Aimovig, o medicamento seria injetado mensalmente via dispositivo semelhante a uma caneta de insulina. O remédio, que ajudaria cerca de 39 milhões de pessoas que sofrem com o distúrbio nos Estados Unidos, foi aprovado ao preço de US$ 6,9 mil por ano, equivalente a cerca de R$ 25,5 mil. 

As empresas Amgen e Novartis, responsáveis pelo desenvolvimento da medicação, anunciaram que ela estará disponível em uma semana para os pacientes norte-americanos. Não há estimativa de tempo para aprovação no Brasil. 

 

De acordo com o diretor de pesquisa da Amgen, Sean Harper, foram diagnosticados casos de diminuição drástica na incidência do distúrbio e relatos de eliminação completa por parte de alguns participantes nos estudos realizados pela companhia. Na prática, a droga age de maneira a bloquear um fragmento de proteína que provoca e perpetua as enxaquecas.

— Aimovig oferece aos pacientes uma nova opção para reduzir o número de dias com enxaqueca. Precisamos de novos tratamentos para essa condição dolorosa e muitas vezes debilitante — afirmou o vice-diretor da Divisão de Produtos de Neurologia do Centro de Avaliação e Pesquisa de Drogas da FDA, Eric Bastings, em um comunicado.

Entenda o distúrbio

enxaqueca comumente se manifesta na forma de uma dor pulsante que aparece de um lado só da cabeça, geralmente acompanhada de náuseas, vômitos e tonturas. É conhecida como um distúrbio neurológico que afeta cerca de 15,2% dos brasileiros, segundo dados de 2016. Classificada como um tipo de cefaleia, pode durar entre quatro e 72 horas e causar sensibilidade à luz e ao barulho.

A enxaqueca tem causa genética, tornando determinadas partes do cérebro mais sensíveis a estímulos externos e internos. Entre esses estímulos, pode-se citar jejum prolongado, estresse, privação ou excesso de sono, luminosidade, consumo exagerado de café, ingestão de álcool e flutuação hormonal, especialmente em mulheres. Contudo, esses gatilhos variam de acordo com cada indivíduo.

 

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